Meu envolvimento com cidadania e genealogia

Todos os dias recebo as mais diversas solicitações. Somando as mensagens que recebo por e-mail, Facebook e Instagram, a média é de cerca de 15 solicitações diárias. Muitas pessoas acreditam, não sei bem por que, que eu seja assessor, consultor, advogado ou qualquer outro profissional ligado a serviços que envolvam cidadania italiana (e até outras) e genealogia.

Meu envolvimento com temas ligado a nacionalidades estrangeiras e à genealogia não é profissional. Não tenho nenhuma atividade remunerada ou lucrativa relacionada a esses temas. Atuo profissionalmente no ramo de transporte de cargas.

Eu envolvo-me com esses temas porque gosto e quero estar sempre atualizado e atuante nesses setores. Desde 2015 ou presidente do COMITES NORDESTE (www.comitesnordeste.com.br) que é um órgão eletivo oficial dos cidadãos italianos residentes na Região Nordeste do Brasil (cada circunscrição consular tem um “mites”, sendo, portanto, sete COMITES: São Paulo/MS/MT/RO/AC; Paraná/Santa Catarina; Rio de Janeiro/Espírito Santo; Rio Grande do Sul; Minas Gerais; DF/Região Norte e, por fim, a Região Nordeste.

Como presidente do COMITES NORDESTE e como membro ativo da comunidade italiana no Brasil tento ajudar sempre que posso a maior quantidade de pessoas possível. Tudo que estiver ao meu alcance eu farei.

Todavia, infelizmente eu não consigo responder a todas as mensagens, sobretudo aquelas que trazem temas complexos e que, portanto, exigem uma resposta bem elaborada e isso toma tempo. Como eu disse acima, não recebo um centavo para nada disso. Eu na realidade perco dinheiro, pois tudo isso me toma tempo da minha atividade profissional de fato.

Deixo claro que ganhar dinheiro com genealogia e prestando serviços ligados à cidadania italiana não é nenhuma vergonha ou demérito. São atividades dignas desde que exercidas com a necessária honestidade. Se há uma demanda, haverá uma oferta de serviço. Esta é uma lei econômica inexorável. Lutar contra ela é contraproducente e burro.

Eu prefiro me manter afastado de atividades comerciais ligadas à cidadania e à genealogia para que eu possa mais livremente criticar, apontar erros, reivindicar. Não quero que pensem que eu defendo determinada causa porque me beneficio economicamente dela. Claro que sempre haverá os críticos, e não são poucos, que sempre apontarão “interesses ocultos” em tudo que eu fizer ou opinar. Para esses, vale a antiga sabedoria contida no Livro de Lucas 6:45:

ὁ ἀγαθὸς ἄνθρωπος ἐκ τοῦ ἀγαθοῦ θησαυροῦ τῆς καρδίας προφέρει τὸ ἀγαθόν, καὶ ὁ πονηρὸς ἐκ τοῦ πονηροῦ προφέρει τὸ πονηρόν· ἐκ γὰρ περισσεύματος καρδίας λαλεῖ τὸ στόμα αὐτοῦ.

Tradução de João Ferreira de Almeida:
O bom homem do bom tesouro de seu coração tira o bem; e o mau homem do mau tesouro de seu coração tira o mal; porque da abundância do coração fala sua boca.

 

Outra solicitação recorrente é relacionada a indicação de profissionais na área da cidadania e genealogia.

Eu prefiro não indicar profissionais por quatro motivos:

  1. Não recebo qualquer comissão e nem quero.
  2. Ao indicar um profissional torno-me automaticamente co-responsável por sua conduta e pelo resulto final.
  3. Se o resultado for positivo, a maioria nunca volta para contar. Se for negativo, serei “cúmplice” daquele triste fim.
  4. Se eu fizer a indicação não haverá cristão que acredite que eu não recebi uma comissão. Na prática eu fico com o ônus e sem qualquer bônus.

Portanto, não me peça indicações se você mesmo pode pesquisar vários prestadores de serviço, como assessores, tradutores, genealogistas, advogados etc. Abro poucas exceções para casos muito específicos em que a pessoa está em alguma situação de emergência ou real necessidade e que ao não indicar um possível caminho, mesmo que seja um profissional pago, estarei mais prejudicando do que ajudando, pois sei que a pessoa teria sérias dificuldades em encontrar o caminho adequado.

Espero que com este texto eu tenha esclarecido a minha posição. Caso ainda tenha dúvidas, tentarei esclarecê-las individualmente.


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